samedi, mars 08, 2008

Il y a une fille qu'habite chez moi

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Nom: Casey Dienel
23 ans
Elle compose des chansons
Surnomé White Hinterland

« Down by the old stone church where the joe-pye weed and the mellons grow, those petals bigger than my fist, how they bob and bow when the wind does blow. There grows a cypress tree and in its trunk i carved your name and right beside it i carved mine.

They'll give you the hometown hurrah
When you come home baby
Bronze your combat boots and set your bones in clay
Write down every word you ever had to say
No one wants to believe you died in vain

The first Spring that you were gone, the women who lived on the flat roof-tops had sherds sewn with quickly germinating seeds of green. In all of their Sapphic celebrations, they held fires and dances and chanted your name, tied yellow ribbons 'round the trunks of trees in town. But the skies held a collusion of their own, and on the sunniest day there ever was, you died at the tusk of a bayonet. Aphrodite found your body, sprinkled nectar in your wounds, and your blood dripped red anemones that shimered just like precious stones. They floated down the river bank to the tributary that now shored your name. The rapids from then on ran ran red, they run red to this day.

We used to walk past the blue schoolhouse
We wore our love like it was a crown
Our skin was a map we knew by heart
We never once got lost
No one wants to believe you died in vain

The Sapphic women who loved you so still cry every Spring. When the fennel goes, and the wheat and the barley and the hardy rye wither and go to seed. I go down to the old stone church where the joe-pye weed and the mellons grow, these petals drop now heavy with rain, watch them bob and bow when the wind does blow. There, my favourite cypress tree, astall as the steeples, i can see they've tied a ribbon 'round its trunk that covers your name where i carved it twice. I rip that ribbon off the tree, burn it down by the river that now shores your name, place the ash where the water ravenaisly licks the river's bank.

We used to walk past the blue schoolhouse
We wore our love like it was a crown
Our skin was a map we knew by heart
I never once got lost
No one wants to believe you died in vain... »

samedi, mars 01, 2008

Le regard du narrateur

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Uma série

Se do outro lado do Atlântico se assiste à profusão de um género marcado pela complexidade dos seus enunciados, pela instabilidade das suas personagens, e acima de tudo, por uma procura de soluções complexas que reflectem nos dias de hoje o carácter difuso e cifrado da sociedade norte americana; já a Grã-Bretanha permanece fiel aos processos clássicos. Esta fidelidade deve-se ao facto de as séries de televisão britânicas terem tido sempre um apego especial à realidade histórica, e em particular, ao elogio da sua própria História. É algo de transversal à cultura britânica, este conservadorismo que percorre de uma forma mais vincada as séries que os dois principais monstros televisivos produzem: a BBC e a ITV. Essa mesma fidelidade torna-se cada vez mais ambiciosa, dado que os avanços técnicos permitem que, em larga escala, se reproduza no presente os ambientes de um passado já distante, com uma exactidão tal que nos sentimos parte daquele cenário. A aposta de maior sucesso da ITV chama-se Foyle's War, uma série que nos transporta para a antecâmara da II Guerra Mundial e que, ao longo das suas seis temporadas, percorre a duração desse conflito. A personagem chave da mesma chama-se Christopher Foyle, inspector chefe do condado de Hastings, uma zona rural no sul de Inglaterra, permeável a uma invasão nazi, e alvo contínuo dos bombardeamentos que se estendem até Londres e Coventry. Apesar de, à primeira vista, se poder esperar apenas mais uma série policial, ao jeito de Poirot (o maior sucesso da BBC ao fim de 13 temporadas), Foyle's War é diferente pelo simples facto do momento em que decorre. Aqui não se perseguem serial killers ou planos demasiado elaborados, mas sim pequenos crimes passionais, espionagem industrial, falsificações de cartões de racionamento ou mesmo pequenos roubos. No entanto, numa sociedade em estado de sítio, à beira da ruptura social e temerosa de uma invasão anunciada, a forma como se torna relevante a mais insignificante irregularidade oferece uma autenticidade histórica a esta série. Trata-se acima de tudo de um relato exemplar de como, de um momento para o outro, toda uma sociedade foi feita refém de uma rotina que não escolheu, e com a qual não se poderia debater. A personagem de Foyle, protagonizada brilhantemente por Michael Kitchen, movimenta-se entre os estilhaços da guerra, por vezes incapaz perante a monstruosidade que o rodeia, sem nunca se furtar a um olhar clínico sobre aqueles mesmos despojos. As liberdades condicionadas em tempo de guerra, o racionamento imposto, as duras penas aplicadas a quem cometia os chamados "petty thefts", a assunção da mulher enquanto proletária são apenas alguns dos elementos que encontramos nesta série, assente num já referido notável rigor histórico.

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